Agreste: advogado e designer são presos ao tentar sacar R$ 583 mil de precatório com documento falso
Beneficiário foi ado e confirmou por vídeo conferência que não havia outorgado poderes a terceiros por meio de procuração
Um advogado de 40 anos, de Limoeiro, no Agreste de Pernambuco, e um designer, de 51, do Rio de Janeiro, foram presos por estelionato ao tentar sacar R$ 583 mil de precatório trabalhista de outra pessoa com uso de procuração falsa.
As prisões, realizadas pela Polícia Federal (PF), por meio da Delegacia de Combate a Crimes Fazendários, ocorreram na terça (10) e foram divulgadas nesta quinta-feira (12), no momento em que a dupla estava na agência da Caixa Econômica de Limoeiro para obter os valores.
Segundo a PF, os suspeitos foram ao local com documentação falsa tentando obter os valores de precatório trabalhista, concedido pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região de um beneficiário de Matupá, no Mato Grosso.
A dupla teria apresentado Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e procuração ideologicamente falsa de um cartório de Alagoas. Os suspeitos foram abordados e presos no momento em que se dirigiram a um caixa para realizar as transações.
"Os dois já haviam tentado levantar os valores para serem depositados na conta do advogado por duas vezes consecutivas e, por motivo burocráticos, documentação de baixa resolução, não obtiveram êxito", destacou a PF.
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A corporação informou que a intenção era sacar R$ 10 mil do valor em espécie e o restante do saldo ser depositado em conta de titularidade do advogado. Com eles, a PF apreendeu dois aparelhos celulares e os documentos utilizados na fraude (CNH e procuração).
A PF também informou que o verdadeiro beneficiário foi ado e confirmou por vídeo conferência que não havia outorgado poderes a terceiros por meio de procuração, para fins de levantamento dos valores do precatório.
Após a prisão em flagrante, o advogado e o designer foram conduzidos Delegacia da Polícia Federal no Bairro do Recife, onde foram autuados por estelionato em detrimento de entidade de direito público e uso de documento falso, cujas penas variam de 2 a 10 anos de reclusão.
"Os presos já aram por audiência e custódia e foram liberados, devendo responder ao processo em liberdade", afirmou a PF.