não é confronto, é cuidado
No universo da gestão de pessoas, há um tema que costuma dividir opiniões e causar desconforto entre muitas lideranças: o . Enquanto muitos reconhecem sua importância como ferramenta de desenvolvimento, ainda é comum encontrar empresas que resistem a essa prática – seja por receio de causar conflitos, por medo de gerar rivalidades, ou até pela crença de que elogios constantes levam à acomodação da equipe. Mas, afinal, o é mesmo uma cilada ou estamos apenas fazendo isso do jeito errado?
A verdade é que o mal conduzido pode, sim, gerar ruídos: desmotivação, insegurança, competitividade tóxica, cobranças salariais fora de contexto. Mas o problema não está no em si – está na forma como ele é praticado. Quando ele ocorre de maneira esporádica, impessoal ou sem orientação clara para melhorias, perde totalmente seu potencial transformador. não é para ser um “acerto de contas”, mas um ponto de apoio na jornada de crescimento profissional de cada profissional.
Escuta ativa
Uma boa liderança compreende isso. E, mais do que compreender, age com responsabilidade e sensibilidade. Dar não é uma tarefa automática, muito menos uma obrigação protocolar. Requer preparo, empatia, escuta ativa e – acima de tudo – respeito pela história, pelo estilo e pelas particularidades de cada pessoa. Não se trata apenas de dizer o que está certo ou errado, mas de construir uma conversa que encoraje, que traga clareza, e que ajude o profissional a se reposicionar com segurança e motivação.
Infelizmente, ainda há gestores que tratam o bom desempenho como uma obrigação silenciosa e o erro como motivo para repreensão fria e distante. Elogiar a a ser visto como “ar a mão na cabeça” e criticar como uma agressão inevitável. Mas é justamente essa postura que alimenta os temidos “mimimis” e os mal-entendidos. Porque quando o empregado sente que está sendo julgado e não orientado, o ambiente se torna inseguro e improdutivo.
É preciso inverter essa lógica. O deve ser um gesto de cuidado, não de afronta. Deve deixar claro que a intenção não é punir ou expor, mas sim ajudar. E isso a pela escolha das palavras, pelo tom da conversa, pelo momento certo de abordar e pela preocupação em oferecer caminhos para recuperação, não apenas apontar falhas. Um líder que se dispõe a dar com paciência, com equilíbrio, e com regularidade, constrói uma equipe mais consciente, mais confiante e, sobretudo, mais engajada.
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Continuidade
A frequência também é um fator determinante. Não adianta fazer uma avaliação hoje e só retomar o tema no ano seguinte. O precisa de sistemática, de continuidade. Não estamos falando de reuniões mensais obrigatórias, mas de um acompanhamento real, constante – conversas rápidas no dia a dia, observações construtivas em tempo oportuno e, claro, momentos formais de revisão e planejamento, pelo menos duas vezes ao ano.
Quando bem estruturado, o torna-se uma ferramenta poderosa de liderança. Ele orienta, motiva, corrige rotas e valoriza o que está sendo bem feito. E o mais importante: fortalece o vínculo entre gestor e equipe, pois transmite a mensagem de que há interesse genuíno no crescimento de cada um.
Portanto, deixemos de lado o medo do desconforto e abracemos o papel de líderes que cuidam. Porque , quando bem feito, é exatamente isso: um ato de cuidado, de respeito, de reconhecimento e de compromisso com o desenvolvimento das pessoas. E empresas que investem nesse olhar humano e consistente colhem, inevitavelmente, melhores resultados e ambientes mais saudáveis.